Conhecendo um pouco do CMEI

TRAJETÓRIA DO CMEI MARIA FRACASSO

Essa creche surgiu vendo a necessidade em se ter um lugar onde as mães pudessem deixar seus filhos, com segurança, enquanto trabalhavam fora. Foi fundada em abril de 1990 a CRECHE COMUNITÁRIA MUNICIPAL MARIA FRACASSO, com o objetivo de ajudar essas mães trabalhadoras, que precisavam ajudar no sustento da família. Essa creche iria atender crianças de zero a cinco anos, permanecendo pelo período máximo de doze horas e no mínimo de quatro horas diárias.

A CRECHE MARIA FRACASSO iniciou suas atividades com 27 crianças, uma coordenadora, três auxiliares, uma zeladora e uma cozinheira. A primeira coordenadora foi Elaine Bernardi, auxiliada por Ederci Bauermann pedagoga e Leonilda Roboert assistente social.
A creche era composta na época por três salas, cozinha, sala da coordenação, dois banheiros e lavanderia. Em 1998 as creches comunitárias passaram da Secretaria Municipal da habitação e Ação Social para a Secretaria Municipal de Educação. A partir de então, foram criados os Centros Municipais de Educação Infantil, através do decreto nº 4.158, de 01 de outubro de 1999, a então creche comunitária municipal Maria Fracasso, passou a denominar-se Centro Municipal de Educação Infantil – CMEI Maria Fracasso.com essa mudança iniciava-se uma nova fase em tornar os CMEIS espaços que privilegiam o CUIDAR/EDUCAR. Logo surgiu a necessidade de uma reforma no CMEI, especialmente pelo espaço ser também utilizado pelo posto de saúde. A primeira reforma do CMEI iniciou em dezembro de 2002, e reinaugurou em fevereiro de 2003. Durante essa reforma as crianças foram atendidas em espaços improvisados na escola do bairro. Até então o CMEI contava com o número de 76 crianças, que ampliou então suas vagas. Já nessa reforma pensaram-se em alguns aspectos importantes para a educação infantil, como a sala própria para as crianças menores e os banheiros adequados, na altura da criança. O CMEI passou a ter um espaço ainda maior. Mais tarde, devido aos CMEIS estarem inseridos no sistema municipal de educação, ocorreram “Temáticas de educação”. Na temática de 2005 conquistamos mais uma reforma para o CMEI. Em 2006, passamos por mais uma obra, nesse período as crianças continuaram a ser atendidas no CMEI. Com a reforma repensou-se o espaço do refeitório, que ficou mais espaçoso. Os G I e G II ganharam salas individualizadas, atendendo as especificidades de cada faixa etária, houve a construção de uma biblioteca, que foi comemorada por todos os profissionais. Assim, o CMEI contava com 05 salas, 01 biblioteca, refeitório, cozinha, lavanderia, sala da coordenação, 02 banheiros para as crianças, banheiro para as profes. A demanda do CMEI passou a aumentar consideravelmente, o que resultou em uma atitude que de certa forma desagradou o grupo de professores. O espaço da biblioteca transformou-se em mais uma sala, no ano de 2008. Essa decisão foi tomada pela secretaria de educação, com a então coordenadora, visando resolver o problema de demanda de vaga. Assim, criou-se mais um grupo no CMEI Maria Fracasso, a turma do G III B. Isso resultou em nova reorganização do espaço, já que os livros e a TV estavam organizados em móveis próprios naquela sala.Em 2009, continuamos com a turma do G III B , que em 2010 tornou-se a turma do G IV A. Durante o ano de 2010 fizemos várias reflexões acerca dessa turma, mas com o atual número de crianças não é mais possível retomar a biblioteca. Em 2011, essa sala atende as crianças do GII A, decisão tomada coletivamente pelo grupo, pelo grande número de crianças dos grupos I e II, e pela demanda de vaga nessa faixa etária. Acreditamos que isso vai melhorar o trabalho nesse ano. Assim, em 2011, o CMEI Maria Fracasso esta disposto nas seguintes turmas: G I, G II A, G II B, G III, G IV, G V. Percebemos então que ao longo dos anos a creche era considerada como um espaço para que os pais trabalhadores deixassem seus filhos, e onde recebiam os cuidados básicos como alimentação, higiene, sono, entre outros, quando da sua ausência. Nessa perspectiva, o trabalho era de cunho assistencialista; a preocupação e cobrança por parte da sociedade eram unicamente o “cuidar”. Nesse período, então, não haviam profissionais qualificados e os pais não tinham muita segurança no trabalho realizado. Com o passar dos anos, essa visão foi sendo repensada e reconstruída a partir dos binômios indissociáveis: “cuidar e educar”. O CMEI passou a ser reconhecido com espaço educativo, que visa o desenvolvimento integral das crianças. Essas mudanças foram ocorrendo principalmente com os estudos de educadores sobre a importância desse espaço para proporcionar o desenvolvimento integral da criança, Concomitante, a responsabilidade pelos CMEIS passarem a Secretaria Municipal de Educação, foi um grande passo, haja vista que a mesma promove formação continuada, permitindo que os profissionais reflitam sobre a importância da educação infantil no contexto atual. Com essas mudanças e redefinições, também repensamos algumas concepções como criança, infância, cuidar/educar..., e afirmamos que os CMEIs são instituições educativas, que visam à apropriação do conhecimento. Assim, promove-se a assistência sob uma visão educativa, os binômios indissociáveis CUIDAR/EDUCAR. O CMEI é um espaço que permite a construção e apropriação do conhecimento de maneira lúdica, prazerosa e significativa.
Quando pensamos nesse espaço educativo, não podemos pensar em escolarizante, pois o CMEI possui sim conteúdos, organizados inclusive em currículo, mas que variam de acordo com a realidade e especificidades de cada faixa etária, e não um rol de conteúdos mínimos.
A proposta pedagógica do CMEI esta pautada no Materialismo Histórico Dialético, base da Prefeitura Municipal de Concórdia, quando da proposta de educação democrática.
A ação educativa dos profissionais esta pautada na rede temática, que evidencie os conhecimentos de acordo com a realidade do espaço. Essa proposta permite que as crianças vivenciem múltiplas experiências, se socializem com as demais, construam conceitos e significados.
Assim, constrói sua identidade, sua visão de mundo, sua autonomia.
As crianças são atendidas e respeitadas dentro de suas singularidades e capacidades, construindo e expressando suas idéias.